quarta-feira, 26 de maio de 2010

O medo

O MEDO


Não me julgo aberração

Ainda tenho noção

Que o medo é um ai

Primeiro medo, o meu pai

A sua maneira de ser

Educar, era bater

Se calhar como lhe fizeram

Carinhos, não lhe deram

Quando era pequenino

O filho não era menino

Era coisa para moldar

E o que havia a dar

Era a surra correctiva

Para enfrentar a vida

Dura e tenebrosa

Realidade escabrosa

Que o tempo diluiu

Quem o vê, e quem o viu

Hoje débil, dependente

Ainda quase descrente

Do amparo que lhe cedo

Não quero que sinta o medo

Que em menino senti

Meu pai, estou aqui

Sempre ao pé de ti

Para te amparar

Hoje? É Quarta-Feira

Vá…

Vamos deitar.


Sem comentários: