O MEDO
Não me julgo aberração
Ainda tenho noção
Que o medo é um ai
Primeiro medo, o meu pai
A sua maneira de ser
Educar, era bater
Se calhar como lhe fizeram
Carinhos, não lhe deram
Quando era pequenino
O filho não era menino
Era coisa para moldar
E o que havia a dar
Era a surra correctiva
Para enfrentar a vida
Dura e tenebrosa
Realidade escabrosa
Que o tempo diluiu
Quem o vê, e quem o viu
Hoje débil, dependente
Ainda quase descrente
Do amparo que lhe cedo
Não quero que sinta o medo
Que em menino senti
Meu pai, estou aqui
Sempre ao pé de ti
Para te amparar
Hoje? É Quarta-Feira
Vá…
Vamos deitar.
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