quarta-feira, 30 de abril de 2014

PRIMA_VERA

 

Na minha região (NORTE), e extrato social, vinha muitas vezes à baila o dito “quanto mais prima, mais se lhe arrima”, se um qualquer amigo do grupo saía, com alguma frequência, com uma prima era logo questionado pelos amigos, “então que... tal a tua prima?”, se eles afinassem era certo e sabido que ali havia marosca, e se às escondidas fossem ao cinema ao S. João, era certinho, o primo malhava na prima.
Para quem não saiba, vou revelar aqui uma passagem que tinha guardado para as minhas memórias.
Na minha juventude, quando o “ambiente aquecia” não podia ser como hoje que qualquer um chega a um hotel, ou residencial, aluga um quarto e está feito, nã…
Começava logo porque havia registo e menina séria não arriscava, depois a maioria do pessoal ainda não tinha 21 anos, era menor, não entrava.
Mas entra aqui o Cine Teatro S. João, a técnica era comprar um camarote (5 lugares), só para dois, claro...
Este assunto assomou-se-me porque tenho uma mente pérfida, eu queria falar era da Primavera que vai um nojo, isto é tempo que se apresente?
Nesta altura, fim de Abril, quando era novo, acabava os treinos no remo (SPORT CLUBE DO PORTO) e, malagueiro, antes de arrumar o barco, depois havia duche.
Mas não é só cá, a Primavera que era uma estação prenunciadora de fartura, no que à agricultura diz respeito, tornou-se um época certificante de violência e morte (inicialmente augurada de paz e direitos humanos) para os árabes, onde pára a euforia da grande comunicação social que fazia parangonas anunciando a queda de ditadores?
Como está o Iraque depois da intervenção dos Estados Unidos da América sob o pretexto (pelos vistos falso) da existência de armas químicas?
Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia (para mim, neste caso, foi para safar o Sarkosi), e tantos outros, mexeram nos “vespeiros” para quê?
E na Síria, não intervêm porquê? Já não morrem inocentes lá?
Se puxarmos o filme um bocado atrás podemos ir buscar o problema do POVO CURDO, a comunidade internacional insurgiu-se contra Saddam porque os matava, mas nunca referiam que a Turquia matava muitos mais porque não os deixava entrar no seu território e eles morria à sede e à fome nas montanhas.
A Primavera está agora a matar ali na Ucrânia, vamos ver o que “floresce” ali.
Tinha pano para mangas, mas tenho de ir abrir a porta da casa da minha filha ao picheleiro.
 
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 DE ABRIL DE 2014


 














Menino dos olhos tristes
De barriga a dar a dar
Olha que o pão não vem
De quem está a governar


Quem hoje manda nisto
Governa para seus pares
Prepara-te para o imprevisto
Auguram-se mais azares


Da fome faz revolta
Não podes viver do ar
Nunca vás dar uma volta
Em dia de votar


No voto reside a força
De quem quer que isto mude
Não deixes que alguém te torça
Nem que tenhas de ser rude


A palavra é muitas vezes
O remédio para os males
Mesmo que sejam soezes
Grita, nunca te cales

quarta-feira, 23 de abril de 2014

25 DE ABRIL SEMPRE!


Venham de lá os abraços
Sorrisos e roçadelas
Mas lembra-te sempre delas
Que te punham em pedaços

Elas as cassetetadas
Que em dias marcados
Levava-mos da polícia
Por estarmos ajuntados






E se continuar
O governo a roubar o Povo
Não esperes nada de novo
A repressão vai voltar

Troquem-se os cravos por balas
O revolução continua
Faça-se do Povo magalas
Saiamos todos prá rua

sexta-feira, 18 de abril de 2014

FINALMENTE

Depositei hoje as cinzas dos meus pais num lugar que muito apreciavam, junto a um velho castanheiro na Serra da Senhora da Graça/Cimbres/Armamar.
Que descansem em paz.