Acompanho sempre que posso as entrevistas que a “Rádio Festival” passa ao Domingo com vários figuras eminentes do Grande Porto.
Hoje, Rui Sá, ex-vereador do pelouro do ambiente da Câmara Municipal do Porto, voltou a insurgir-se contra o abandono do programa Porto Feliz que se destinava à desintoxicação, possível cura, e reinserção social dos tóxico-dependentes, por parte do Governo e da Autarquia.
Vê-se realmente um crescendo de tóxico-dependentes/arrumadores um pouco por toda a cidade, e muitas caras novas, o que leva a entender que alguns terão conseguido libertar-se das drogas, ou então, conseguem com as de substituição dar outro rumo à sua vida, muitos, quem sabe, terão até morrido.
Rui Sá, tocou ainda num facto que muitos há muito tempo descobriram e até denunciaram, “muitas das clínicas são piores que traficantes, não levam os tratamentos até ao fim provocando recaídas nos doentes. Como se pode tratar convenientemente um doente se não se lhe dá guarida e alimentação? Eles não são para curar, são para manter, garantindo assim as fontes de receita”.
Já uma vez me fiz eco de alguém que disse “se um dia caíssem as construções onde se lavou dinheiro da droga, muita gente teria de dormir ao relento”.
Para quando uma política verdadeira de terapia, e reintegração dos nossos toxicómanos?
Nossos, porque quer se queira ou não, eles são parte da nossa sociedade.
Não me admira se o Dr. Rui Rio, ou outro qualquer candidato, de qualquer outro partido, nas próximas eleições autárquicas tirar novamente um coelho da cartola, até mais vistoso e gordo que os anteriores.
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