Os partidos chamados do “centralão” (CDS incluso), desde sempre dirigiram as suas campanhas à classe média, acham-se desta legítimos representantes, só ligando ao Povão nas campanhas eleitorais.
Aproveitando-se do estigma que os 50 anos de ditadura Salazarista impuseram ao comunismo, não lhes foi difícil ostracizar o PCP e seus apoiantes, ser comunista era ser operário, ter pouca formação académica, logo, não era de ter em conta as suas ideias, reconhecendo valor a grandes cabeças do Partido Comunista, para as desvalorizar diziam que só serviam para “formatar” a cachimónia dos trabalhadores.
Porque é que o BE incomoda muita gente?
Porque é um partido formado por homens e mulheres da dita esquerda moderna, composto por gente conhecida com valor que a sociedade lhes reconhece, e que diz sem medo aquilo que o Povo sente.
O bronco do norte, que é como quem diz Manuel Serrão, num artigo de opinião intitulado “Os ricos que paguem os riscos dor ricos”, ontem no “JN”, começa com uma alusão que nada tem a ver com o titulo, começa assim, “O Bloco de Esquerda e especialmente o dr. Francisco Louça desde sempre me enervaram”, refere-se depois ao tom de voz monocórdico de Louça, à sua “atitude arrogante de parlamentar permanentemente acossado”, diz ainda que “Tenho para mim que o voto no BE (exceptuando os casos de empatias evidentes em eleições locais) é um voto no escuro, de protesto, de quem prefere votar na insignificância, em vez de votar em branco, de anular o voto ou simplesmente de não sair de casa”, nesta ultima citação, o que Manuel Serrão quer dizer mesmo é que, o voto em branco só beneficia os chamados partidos do poder, votar no BE rouba-lhes votos, o BE tem deputados eleitos com tendência a crescer.
“Honra lhe seja feita, o dr. Louça encarnou a nova Esquerda contra a drª. Odete Santos, que ainda vive no passado”, Serrão não podia deixar de amesquinhar uma mulher a quem se reconhece muito valor, só porque é do PCP, e depois desdiz-se quando afirma “Devo confessar que por uma vez prefiro Louça a Odete. Pela primeira vez acho que o dr. Louça disse uma coisa acertada. Não se trata de pôr os ricos a pagar a crise. Trata-se é de confrontar os que arriscaram o seu dinheiro e perderam, com o risco inerente à decisão que tomaram”.
O bronco do norte usou a crise bancária para desancar no BE e no seu líder, eu estava a ver que nem se lembrava de aludir ao assunto mote do título.
Cavaquista convicto, quem é Manuel serrão?
É alguém que se serviu dos bons momentos que nos fez passar aquando das “Noites da Má-Língua” da SIC, que se tornou conhecido pelo seu tom galhofeiro, e que desde então, adoptado pela “society” portuguesa tem vivido à custa do erário público, a “ANGE”, as exposições de moda e outros eventos.
Usasse Manuel serrão um linguajar mais brejeiro, e teríamos mais um Fernando Rocha a editar cassetes e CDs de anedotas.
É por haverem muitos Serrões que eu digo “TOU CHEIO DELES”!
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