Ana Gomes lembra Strauss-Khan para deixar aviso sobre Paulo Portas
Ana Gomes, dirigente do PS, lembra os "comportamentos desviantes de Strauss-Khan" para sustentar que Paulo Portas "não tem idoneidade pessoal e política" para voltar ao Governo. Recorda o caso denunciado, há anos, de dois ministros de Durão Barroso que recorriam a prostituição, fala da compra dos submarinos e de como a PGR "afastou as duas procuradoras" encarregues do caso.
A deputada europeia eleita pelo PS, Ana Gomes, considera que "está em causa a idoneidade pessoal e política" de Paulo Portas, "para voltar a desempenhar cargos governamentais no nosso país, atentas as suas responsabilidades e comportamentos como Governante e parlamentar, alguns desses comportamentos ainda por esclarecer na Justiça, como é devido". Comentadora residente do programa "Conselho Superior", na Antena 1, a dirigente socialista disse, durante a emissão da rubrica, esta terça-feira, que não estava a falar do caso Moderna. "Estou a referir-me à compra lesiva dos submarinos, lesiva para os contribuintes e para o Estado, da qual foi o principal responsável, enquanto ministro da Defesa, e sobre a qual correm processos em Justiça, por corrupção, burla, evasão fiscal, lavagem de dinheiro, facturas falsas, etc", disse Ana Gomes.
"A PGR conseguiu afastar as duas procuradores que iniciaram esse processo, mas eu tenho esperança que prossiga. É essencial para a transparência e para a Justiça", acusou a eurodeputada socialista, no comentário que fez na rubrica "Conselho Superior", da Antena 1.
"Estou a referir-me, também, a outros comportamentos. Todos os jornalistas em Portugal sabem que junto do então ministro Paulo Portas funcionou uma central de desinformação e calúnia de dirigentes do PS que alimentou o tratamento na Imprensa do caso Casa Pia", disse Ana Gomes.
"Um seu próximo colaborador, Pedro Guerra, que Paulo Portas tratou de colocar depois numa empresa pública, era um dos principais agentes dessa central de desinformação", acusou Ana Gomes, lamentando que, até hoje, a justiça não tenha funcionado "para esclarecer todos os contornos sórdidos do caso Casa Pia, incluindo a campanha de desinformação de quem queria desviar informações". (in jn/on-line)
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