terça-feira, 16 de setembro de 2008

TUDO AO MOLHO E FÉ EM DEUS.



Ministério da admnistração interna e empresas de segurança privadas juntos na segurança do país?


Será que conseguem?


Por conhecer bem o mundo das empresas privadas de segurança sou levado a pensar que tudo não passa de mais um esquema destinado a aliviar o MAI e atirar para cima do contribuinte o ónus da sua protecção.

As polícias municipais que são senão polícias privadas? Alguém os vê rondar uma rua ou um bairro?

Podem ver se o senhor presidente estiver por lá ou para chegar, se houver um qualquer evento, depois esfumam-se.

O mundo das empresas de segurança privadas é nebuloso, se retirarmos 2 ou 3 que julgo estarem verdadeiramente legais e a trabalhar dentro da lei, que mais temos? Autênticos gangs, grandes “cabedais”, armas ilegais, droga, do pior que há.

Se calhar nunca repararam, nas notícias, quando referem o ofício de mais um detido, tenham mais atenção e vão ver que a profissão segurança aparece muitas vezes.

Se fizessem uma sondagem nos serviços prisionais também ia ser interessante.

Cobranças difíceis, um serviço que está na moda, que é usado por muita gente de bem, é legal sabendo-se os métodos utilizados?

Espero estar enganado, mas julgo que vai ser pior a emenda que o soneto, nunca se sabe, vamos esperar para ver.


Zé Porto

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

Calma Zé, vai devagar, mas tens toda a razão!
Um abraço

Des Contente disse...

ATÉ PARECE ENCOMENDADA, MAS NÃO FOI!


"JN
16 Setembro 2008

Grupo de cobranças difíceis acusado de matar e raptar
14h10m

Homicídio qualificado, raptos, extorsão, associação criminosa e posse de arma ilegal são alguns dos crimes que o Ministério Público do Porto imputa a 12 pessoas que centravam a sua actividade nas cobranças coercivas de dívidas.

Fonte judicial disse à Lusa que o grupo, constituído por dez homens e duas mulheres, residentes no Grande Porto e com idades entre os 20 e os 40 anos, começa a ser julgado a 20 de Outubro no Tribunal de São João Novo (Varas Criminais do Porto). Quatro dos arguidos aguardam julgamento em prisão preventiva.

O homicídio constante do processo é o de Tiago Ferreira, suposto colaborador do grupo, e foi determinado porque a vítima não depositou na data que lhe fora indicada, um cheque no valor de 3.168,61 euros, fazendo-o cinco dias depois, indica a acusação do processo.

Era preciso "apagar" o Tiago, determinou um dos membros do grupo durante um encontro num "shopping" da Trofa. A "missão" acabou por ser cumprida numa zona serrana, em Campo, Valongo.

Mataram colega com uma sachola

A 22 de Janeiro do ano passado, Tiago Ferreira foi levado para Valongo com a argumento de que era preciso efectuar vigilância a um suposto devedor, acabando por ser agredido com uma pedra na cabeça, vários socos e pontapés.

Os agressores, que o MP diz serem cinco dos 12 arguidos, deixaram o jovem ainda com vida, mas voltaram ao local para "apagar o Tiago e fazer desaparecer o corpo".

Equacionaram baleá-lo na cabeça, mas tiveram receio de que o barulho do disparo alertasse alguém, pelo que optaram por o agredir com uma sachola e atirar o seu corpo para um poço, afirma a acusação.

O cadáver veio a ser encontrado nesse poço, a 23 de Março seguinte, já em putrefacção.

Segundo o processo, Tiago já pressagiava o seu fim, porque tinha dito a uma tia que ia viver uma situação "de índios e cowboys" e pediu à ex-companheira que chamasse a polícia se não aparecesse até às 22 horas de determinado dia.

De acordo com o MP, o grupo foi constituído essencialmente para concretizar cobranças difíceis, mediante uma comissão a pagar pelos interessados, que oscilaria entre 10 e 20 % dos valores em causa. Outro objectivo seria o furto de cheques.

Sequestraram uma família

De entre várias cobranças sobressai a que visou um empresário de Fafe. De acordo com a acusação, o grupo chegou mesmo a raptar e sequestrar a sua mulher e o seu filho, além de lhe reterem um automóvel para garantir que as dívidas seriam pagas.

Em causa estavam 78 mil euros que aquele industrial devia a duas firmas de calçado e sucedâneos. O grupo sequestrou a mulher e o filho, junto às instalações do Vitória de Guimarães, levando-os, amordaçados, para a casa de banho de uma oficina.

O próprio empresário, que acabou por pagar a dívida em prestações, chegou a ser agredido. Os familiares só foram libertados após a liquidação das primeiras prestações, altura em que a viatura também foi devolvida.

Entre outros casos, o MP relata mesmo que o grupo quis cobrar uma dívida que nunca se provou ter existido."

Zé Porto