Diariamente
(ao almoço) confeciono uma refeição para o meu pai que me obriga a ter certos
cuidados, para um idoso a comida deve ser rica em vários componentes que
compensem a quantidade.
O bacalhau à
espanhola que servi ao meu progenitor seria, quando muito, primo daquele que
após 15 minutos eu tirei do tacho para meu consumo.
Mais pimentão-doce
e louro (devido à maturação do cozinhado) em pó, umas areiínhas de sal, e olho
para não torrar em demasia, deixaram o meu “tacho” no ponto.
Quando “despachei”
a “espanholada” já estava como um odre, mas havia ainda uma tijela com uma
laranja, um kiwi, e uma Chiquita (banana) das grandes caldeados com três gotas
de Vinho do Porto para aviar, marchou tudo.
Pensando, “depois
de comer isto tudo já nem arrumo a louça, fica aqui (na mesa), arrumo logo, vou
direitinho para o choco”, lá fui “enfardando” até que acabei.
Dei dois
minutos de descanso antes da primeira cigarrada e comecei a soluçar, lembrei-me
do meu querido avô paterno (António Manco), dizia ele que ´”quando se soluça após
o comer é menos ar que sai por baixo”, ele que não bebia enquanto comia, mas
depois “botava abaixo” uma “litrada” de tinto, para não engolir ar.
Comer em
demasia nunca foi para mim razão para rebates de consciência, no entanto hoje
dei comigo triste, a pensar que comi demais quando muitos não têm nem para
matar a fome.
Devo estar a
ficar piegas.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
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