Entre duas goladas num copo de cerveja, não pude deixar de ouvir um rapazola dos seus vinte e tal anos que na mesa ao lado se gabava de trabalhar na Groundforce Portugal. Explicava ele aos amigos como era fácil “gamar” as bagagens dos passageiros, há já um esquema montado e segundo ele comem todos, desde as mulheres da limpeza ao guarda de serviço.
Eu conhecia bem os esquemas montados pelos antigos estivadores da Doca de Leixões, sem a colaboração da extinta Guarda Fiscal não funcionaria.
É impressionante como uma simples empresa do grupo Tap consegue afectar a imagem da companhia, todas as pessoas minhas conhecidas que eu sabia que era costume viajarem tem razão de queixa, ou porque se extraviaram malas, ou porque vêm num estado lastimável, basta parar junto à rede do Sá Carneiro e ver como são tratados os bens de quem sustenta aquilo tudo.
O Pinto que não abra os olhos, e um dia destes vê o trabalho de anos a entrar pelo bueiro.
Zé Porto
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