SEXTA-FEIRA FIM DE TARDE NO BAR DO PRIMO MANEL NAS BOMBAS DA MARGINAL.
Sempre airosa com um decote até aos joelhos de onde sobressai um valente par de mamas (implante) pagas pelo morcão do seu antepenúltimo namorado, um luso-amaricano que ficou na desgraça, eis que chega a Milú, e logo “ó Manel, tás bom comó milho filho, dá-me aí um fininho que estou aqui que nem posso, estou toda alagada, pareço um rio”, “ahahahahah, já vi, estiveste a namorar no seminário com o camelo do Porche que te deixou aí à porta, ó rapariga, tu não ganhas juízo?”, respondeu o Manel…
“Pareces bruxo, que queres? O corpo pede…” retorquiu a Milu…
Quem não gostou nada da conversa logo desde o início foi a mulher do Manel que apareceu de rompante da cozinha e disse “oube lá, ó Micas (nome porque é tratada a Milu entre as mulheres da família) senta-te que a empregada já te atende, olha, vai prá esplanada, põe-te à sombrinha pra ver se arrefeces… Olha, porque não vais à casa de banho enxugar-te? Podes ir que ainda agora lá botei um rolo de papel higiénico dos grandes, da-se, até chega aqui o cheiro a pouca vergonhice… E tu, ó meu embasbacado (referindo-se ao seu homem, o Manel) vê lá se te pões a olhar pró rego das mamas da priminha e tropeças nalguma coisa, vá, toca a mexer, gostava de te ver assim todo arrebitado era lá em casa…”
O Manel esboçou um sorriso amarelado e encolher de ombros na direcção de um cliente que passava em frente ao balcão, e tinha ficado parado a olhar para os marmelos da Milu na tanga do tipo “as senhoras primeiro”.
A Milu hesitou entre sentar-se um pouco para descansar ou ir de imediato limpar a “inundação”, optou pelo wc porque o fluxo era abundante e começava já a notar-se uma manchita de humidade na saia, no vértice entre as nádegas e os joelhos, quem vê por detrás.
Fez-se um pouco de silêncio na sala do café, mas ouvia-se da cozinha o “rosnar” da mulher do Manel.
Entretanto chegou um cliente, um tipo mal ajambrado, cabelo cumprido oleoso, cor entre o branco e o amarelo, dava ideia que era para condizer com as pontas dos dedos e a barba…
Meteu a mão ao bolso, olhou os trocados, dirigindo-se à empregada perguntou o preço de um prego e uma cerveja, a empregada informou-o, e ele pediu “traga-me um croquete e um fino”.
Sentou-se e deitou a mão a um guardanapo, sacou de uma esferográfica a começou a escrevinhar.
Com estardalhaço, coçando os “tomates”, palito ao canto da boca, arrotando caverneticamente, com um “fosga-se, vá fazer calor ó car.l.o”, quem é que aparece no café do Manel?
Isso mesmo, o Des Contente, o líder dos primaços…
- Estes textos não têm outro propósito senão homenagear o chamado Povão da zona histórica do Porto e um homem, um jornalista/escritor(autor) que dá pelo nome de Mário Zambujal que há muitos anos me maravilhou com um livro intitulado “A CRÓNICA DOS BONS MALANDROS”
Zé Porto
PS: Continuação, haverá ou não, dependerá da disposição.
1 comentário:
rsrsrsrs...mas estas mamas, são silicone puro!!!rsrsrs
abraço
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