terça-feira, 3 de julho de 2012

UM PAÍS ESTÁ PODRE QUANDO A IMPUNIDADE É APANÁGIO DO ESTADO!


Para encerrar a linha de comboios do Tua com vista à construção de uma barragem o Governo elaborou um plano de mobilidade destinado a compensar as populações que ficaram privadas do comboio, para o efeito a “CP-Caminhos de Ferro de Portugal” pagava 125 mil euros à empresa “Metro de Mirandela”, e esta subcontratava táxis que se ocupavam da locomoção dos utentes da via-férrea encerrada.
No passado domingo, 1 de julho, a linha do Tua foi (oficialmente) considerada encerrada, daí em diante acabou a responsabilidade da “CP”, logo, terminou o pagamento compensatório ao “Metro de Mirandela” que, sem possibilidade de circular entre Cachão e Tua, e sem maneira de nesse trajeto deslocar os passageiros, vê ameaçada a rentabilidade da sua atividade.
José Silvano, autarca de Mirandela, ameaça encerrar o “Metro” e acusa o Governo (composto maioritariamente por elementos do seu partido político) de incumprimento.
A linha do Tua tornou-se, a partir de certa altura, num caso de polícia sem queixas formalizadas, os acidentes que vitimaram várias pessoas foram sempre atribuídos a causas naturais quando na realidade se deveram à falta de manutenção da via, acidentes que ajudaram (muito) a abreviar o seu encerramento.
Pode-se hoje deduzir que houve negligência propositada, que se matou gente para abrir caminho a interesses economicistas, portanto, existiram crimes que ficaram impunes.

Sem comentários: