Para encerrar a linha de comboios do Tua com vista à construção
de uma barragem o Governo elaborou um plano de mobilidade destinado a compensar
as populações que ficaram privadas do comboio, para o efeito a “CP-Caminhos de
Ferro de Portugal” pagava 125 mil euros à empresa “Metro de Mirandela”, e esta
subcontratava táxis que se ocupavam da locomoção dos utentes da via-férrea
encerrada.
No passado domingo, 1 de julho, a linha do Tua foi (oficialmente)
considerada encerrada, daí em diante acabou a responsabilidade da “CP”, logo,
terminou o pagamento compensatório ao “Metro de Mirandela” que, sem
possibilidade de circular entre Cachão e Tua, e sem maneira de nesse trajeto
deslocar os passageiros, vê ameaçada a rentabilidade da sua atividade.
José Silvano, autarca de Mirandela, ameaça encerrar o “Metro”
e acusa o Governo (composto maioritariamente por elementos do seu partido
político) de incumprimento.
A linha do Tua tornou-se, a partir de certa altura, num caso
de polícia sem queixas formalizadas, os acidentes que vitimaram várias pessoas
foram sempre atribuídos a causas naturais quando na realidade se deveram à
falta de manutenção da via, acidentes que ajudaram (muito) a abreviar o seu
encerramento.
Pode-se hoje deduzir que houve negligência propositada, que
se matou gente para abrir caminho a interesses economicistas, portanto, existiram
crimes que ficaram impunes.
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