Teria eu os
meus 5 anitos (que me recorde) quando fui pela primeira vez à Praia do Areinho
de Oliveira do Douro, nesses tempos a praia era concessionada a uma tal Zenga,
tinha uma prancha para se saltar para a água, barracas, zona vigiada de banhos,
e banheiro (nadador salvador), estávamos nos anos 60 do século passado.
A nascente,
onde hoje passa a Ponte do Freixo, fazia-se extração de areia, ao fim de semana
os trabalhos paravam e era precisamente nesses dias (sábados e domingos) que a
afluência de público era maior, devido aos buracos feitos para tirar a areia os
fundos eram irregulares, por muito que avisassem havia sempre quem
desrespeitasse, resultado, era rara a época balnear que não se afogasse lá
gente.
Com o passar
do tempo e a melhoria das condições sociais da população as praias fluviais
foram sendo abandonadas pelos frequentadores habituais que passaram a rumar à
orla marítima.
Como um
barómetro, as praias do rio registam mais ou menos afluência conforme a situação
económica das pessoas esteja melhor ou pior, já o ano passado tinham muita
gente, este ano têm mais ainda, mas vigilância… ZERO!
Ontem
afogou-se mais um jovem de 15 anos, que poderia ter sido salvo, bastava que no
local houvesse um insuflável de uma das muitas corporações dos bombeiros do
concelho, não há, estão nos quartéis de prevenção caso aconteça alguma coisa
nas praias marítimas que são vigiadas.
Oliveira do
Douro é PS, sinónimo de proscrição por parte da presidência (Luís Filipe
Menezes) da autarquia.
Entretanto
as buscas continuam, estão por lá as rádios, televisões, os mergulhadores dos
sapadores do Porto e Gaia, a polícia marítima, da junta, da câmara não apareceu
ninguém, até agora.
1 comentário:
As zonas balneárias do Douro eram perigosas e todos anos ali morria catraiada...A do Areinho era uma das praias falsas assim como a do Borras que ficava junto à capela do Senhor dÁlém no sopé da Serra do Pilar. Costumava tomar banho na do Bortas nos anos 1945/1948
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