terça-feira, 4 de dezembro de 2007

UI, UI, UI...

Comentando: "Não sei se continua a ter assim tanta saída! - Ana Matos - 03-12-2007"
(DESABAFE CONNOSCO DO JN)
Ó senhora doutora, por aqui “Como queres encontrar uma rapariga atinada nesses meios?”, rogo-lhe que não vá… Por variadíssimas razões que levariam imenso tempo a discutir, mas deixo-lhe esta que por experiência própria registei… As tais dos tais meios, porque muito cedo tiveram de abrir os olhos, eram muito mais difíceis que as chamadas meninas queques, a senhora está a levar a discussão para um campo onde o extracto social não conta minimamente. Sexo, normalmente todos o fazem nus, infidelidades, e aqui como diz o Povo é que bate o vinte, há-a até entre homossexuais, percebe o que quero dizer, não percebe? Já agora, mesmo não sabendo que idade tem a senhora, sabia que há uns bons trinta anos dificilmente se ouvia falar de divórcios entre a população mais pobre e com menos formação académica? Na dita classe alta há muito que é banal. Não quero dizer que as mulheres com mais formação são mais infiéis, mas que as mulheres da chamada classe baixa amavam muito mais intensamente, disso não tenho dúvidas. Sempre se ouviu dizer que entre os ricos a infidelidade proliferava, eles até trocavam casais… É do seu tempo? Alguém há dias referiu os muito badalados bailes de gravata, acha que eram em bairros sociais ou ilhas? Já há muito society dançava nua, fumava maconha, e bebia champanhe francês ‘de bica’ pelos corpos das senhoras, e ainda os mais modestos, se mais velhos, curtiam uma rumba, um tango, ou um passo doble, pelo simples gosto da dança, e os mais novos e mais acalorados buscavam a parceira que desse roço, como no “Baile da Paróquia” do Tê/R.Veloso. Gostava que um dia a senhora tivesse oportunidade de ver as senhoras de bem que os maridos não têm tempo para fazer férias e que as mandam para resorts na estranja para descansar. Às mulheres chamava-se namoradeiras e aos homens mulherengos, houve, há e continuará a haver. E continuará a haver quem goste do amarelo em todas as classes sociais.

Pedro

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