LISBOA/DAKAR

A anulação do Lisboa/Dakar abriu um precedente que poderá no futuro por em causa a organização de acontecimentos de grande envergadura tais como Jogos Olímpicos, campeonatos do mundo, e outros eventos, sobretudo aqueles que tradicionalmente são alvo de maior cobertura mediática. Em abono da verdade se diga que desde a morte de Thierry Sabine o fundador do Paris/Dakar, tem vindo a perder-se toda a mística que envolvia a prova e o fim deve estar próximo. Desde a queda do muro de Berlim os países do Leste não perdem oportunidade de atrair sobre eles a atenção dos mass media, não será de estranhar que as máquinas passem a rumar a Leste em vez do SUL. Se eu fosse extremista diria que lá bem no fundo, a culpa é dos EUA e da sua politica, mas já era outra conversa. Nunca mais voltamos a ter um Tap ou Vinho do Porto a liderar a votação mundial, abandonou-se o Autódromo do Estoril, a Volta a Portugal em Bicicleta não passa de um treino para as grandes provas europeias, e os estádios novos não têm pista de atletismo, a não ser que a Lagos Eventos pense nisso.